sábado, abril 24

Escolhas

Agora que faço estágio de jornalismo, começo a gostar de certas coisas.

Por exemplo, nunca pensei que fosse gostar de CorelDraw. Que gramática fosse tão interessante. Ser calmo? Seria muito difícil se eu não estivesse tão próximo de dois amigos tããããão tranqüilos. Estou aprendendo muito com eles.

Um dia, pode aparecer uma oportunidade e, eu vou precisar sair de lá, parcialmente, ou quem sabe, por inteiro. Mas com uma visão muito mais positiva e madura da carreira.

Já comecei a ler o livro "O QUE É JORNALISMO?", do Clóvis Rossi. A imprensa já começa a se mostrar um pouco diferente do que eu imaginava, porém, só comentarei quando acabar de ler a obra.

Trabalhar em cidade pequena, é diferente. O ritmo, as notícias, as pessoas são outras. Os cidadãos não vivem um clima de estresse e nem vivenciam grandes acontecimentos. Aparentam ser meio alienados com o que ocorre ao nosso redor. São mais tímidos, menos felizes com a própria aparência e pior, sem muita expectativa de progressão profissional, salário, quando me refiro aos adultos.

Inovar e crescer como pessoas e como profissionais por aqui, ainda é algo distante. Vai mudar, porém, o comodismo de se viver uma vida mais inocente e livre de grandes escândalos, é privilégio dado somente ao interior (ou ''interiorrrrrrrr'' se preferir). Os problemas, são menores, os interesses são menores, as necessidades são menores, as ambições são menores, a qualidade de vida é maior. Quando ouvimos um avião, ficamos loucos pra saber onde está e, ficar observando. É algo maravilhoso. A qualificação profissional, prioriza as necessidades da cidade, mas nem sempre os gostos dos moradores. Daí é preciso cursar ''x'' curso pra poder se empregar e, fazer uma faculdade longe e sair daquela cidadezinha pacata, pra correr o estado ou o Brasil, em busca de um sonho. É a desvalorização ao cidadão dessa cidade ''Y'' que é o problema, ou é a cabeça do cidadão que é mais evoluída e gera maior ambição, o que é raro (pra não dizer impossível) em uma pacata cidadezinha do interior? Não me arrisco. Afinal, ainda não saí dessa cidade pra cursar nada, por isso, só posso dizer que o risco é de ser um ''pacato feliz''.

Estarei triste se ocorrer isso comigo? Se até o futuro estiver, não. Prazer. Gabriel, o ''pacato feliz''.

Gabriel Lorenzato