quinta-feira, abril 14

Descrença com o coletivo

Fico muito triste quando vejo notícias de complacência com o crime, dinheiro mal gasto pelo governo, injustiças e outras coisas que por aí vejo. Não é legal saber que você é bom o suficiente para se indignar e não saber o que fazer e se o que for fazer, será eficiente.
Mas ultimamente tenho observado que há pessoas no Brasil, que agem de forma estranha, quando tocadas por tais problemas. Dizem coisas como: ''Esse é o Brasil''; ''Bem feito, quem mandou votar neles?''; ''Parece que gostam de sofrer''; ''Esses políticos estão 'mamando' nas 'tetas' do governo''; ''Brasil: país da impunidade'' ; ''Se fosse nos EUA...''; ''É culpa do molusco (presidente Lula)''; ''Isso é um absurdo!''.
Ora! Essas (e outras muitas) frases são desabafos? Devo me contentar em viver perto de complacentes? Devo rir e fazer piadas do ''país da impunidade''? Ficar calado e só reclamando das coisas que vemos e ficar reclamando por não saber como reagir com tantas coisas ruins que vejo na política, economia, esporte, etc? O que fazer?
Realmente não sei como reagir quando vejo absurdos que poderiam ser facilmente modificados, se não fosse o egoísmo humano, como por exemplo, punir os ditos ''impuníveis''.
Não acho esperto aquele que faz errado e acho mais imbecil quem age com risos e apenas reclamações sem fundamente, contra nós mesmos e contra eles. Aprendi a ser mais sério e sei o quanto é ruim não ser levado a sério, às vezes. A mudança para melhor vem de nós, mas por conta de nossa sólida cultura, não será uma fábrica da Foxconn que irá nos modificar, nem ''PAC da erradicação da miséria'' e nem um filho que acaba de nascer.
É muito difícil lidar com essas situações, quando se fica descrente de que, a mudança individual não irá modificar o coletivo.

Gabriel de Freitas Lorenzato